No caminho de volta pra casa, gostaria de ter dado meia volta. Poder te esperar...
Carrego comigo o peso dos seus dias que decidiu compartilhar comigo. Carrego comigo a esperança de poder ajudar...
Guardei comigo, como escreveu Nando Reis, o amor que eu nunca soube dar... e na verdade, não pude...
Uma vez te escrevi que nos olhos certos, você é Arte... pra mim, você sempre foi poesia. Acredito que você despertaria em apenas uma tarde desta, de cerveja, café, pão com mortadela e compahia, um soneto mais perfeito que nem o próprio Luis de Camões conseguiria criar quando escreveu Os Lusíadas. E olha que ele inventou a palavra Saudade...
Nessa tarde, com 3 belas companhias, foi a segunda vez que mil palavras por minuto se passavam em minha cabeça. Te vendo cuidando, mas precisando ser cuidada.
As pessoas acham que são o super-man... o super-man sempre cuida da Louise Lane... mas ninguém cuida dele porque ele não precisa ser cuidado...
É por isso que ele é ficção. Todo mundo precisa de alguém pra cuidar e para sermos cuidados... hoje me senti cuidando e obrigado por se deixar ser cuidada, mesmo com seus sorrisos nervosos, inquietação alarmante e pele totalmente arranhada pela ansiedade...
Hoje, como escreveu Herbert Viana, Uma noite longa para uma vida curta... e são tantas marcas que já fazem parte do que você é agora...
Mas pra mim, já não mais importa porque todas as luzes que você me ofereceu no dia de hoje, bastou para mim saber que eu poderia te ajudar...
Essas luzes que você acha que vem de uma lanterna dos afogados, aos meus olhos, vieram de uma força interior sua, tremenda!
Um passo na frente do outro, e ainda voltando pra casa, pensei... Lanterna de um Apaixonado.
Eu tô te esperando...
Não há problema que demore... mas de verdade, vê se não vai demorar...